Banhos e tratamento eficaz contra dermatofitose de cães e gatos
A dermatofitose é uma dermatopatia fúngica em que o agente etiológico isolado com maior frequência no Brasil é o Microsporum canis, seguido pelo Microsporum gypseum e pelo Tricophyton mentagrophytes. É importante ressaltar que é uma antropozoonose.
As lesões cutâneas mais comumente observadas na espécie canina são: eritema, escamas e crostas associadas à alopecia e prurido classificado como moderado em aproximadamente 50% dos animais, sendo ausente nos outros 50% dos casos. Tais lesões apresentam configuração circular ou policíclica.
Em gatos, essa configuração de lesão também é frequente, mas o prurido está ausente em quase 90% dos casos. Além disso, aproximadamente 25% dos felinos tornam-se portadores assintomáticos e devem ser identificados e tratados, pois são fontes de infecção.
Em gatos da raça Persa, há descrição de ocorrência de pseudomicetomas (infecção subcutânea causada por M. canis).
O diagnóstico é realizado através de dados de identificação e anamnese, aspecto morfométrico das lesões, complementados pelos resultados de exames subsidiários tais como: lâmpada de Wood, exame micológico direto e cultivo micológico. O cultivo micológico é o método de eleição para o diagnóstico da dermatofitose, já que estabelece o gênero e a espécie do agente etiológico.
TERAPIA
Os quadros localizados e focais podem ser resolvidos, dependendo da localização, apenas com terapia tópica. Já quadros multifocais ou generalizados requerem associação tópica e sistêmica.
A tosa do animal acometido auxilia na e cácia dos tratamentos, pois diminui o substrato para a proliferação do fungo.
Terapia tópica: os xampus são excelentes apresentações de medicação tópica pela facilidade de aplicação, por tanto, são os agentes de escolha na terapia das dermatofitoses. Banhos com xampu à base de clorexidine a 3% são opções seguras e eficazes no tratamento da dermatofitose de cães e gatos.
Terapia sistêmica: os fármacos mais utilizados são a griseofulvina, o cetoconazol, o itraconazol e a terbinafina.
ATENÇÃO
O clínico não deve basear-se apenas na melhora clínica das lesões para a suspensão da terapia e sim, no mínimo, em um cultivo micológico negativo, na pós-terapia. As medidas de higiene ambiental são extremamente impor tantes, já que os dermatófitos podem permanecer viáveis no ambiente por até 18 meses.
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