Em um episódio que parece saído de um roteiro de filme surreal, fiscais agropecuários do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, se depararam com uma cena inusitada e alarmante: um passageiro vindo da Nigéria transportava nada menos que 62 ratos empalados e dois abutres, além de uma variedade de itens de origem animal e vegetal, totalizando impressionantes 102 quilos de material com alto risco sanitário.
O que havia na mala?
A inspeção revelou uma verdadeira coleção de produtos exóticos:
62,7 kg de ratos empalados
2 grifos africanos (espécie de abutre)
13,9 kg de vegetais diversos
10 kg de peixes
7,4 kg de madeira bruta
5,8 kg de aves
1,7 kg de conchas
0,85 kg de couro
Segundo o passageiro, os itens seriam utilizados para consumo e rituais religiosos. Apesar da justificativa, o conteúdo da bagagem exalava um odor forte e foi considerado uma ameaça à saúde pública e à agropecuária brasileira.
62,7 kg de ratos empalados
2 grifos africanos (espécie de abutre)
13,9 kg de vegetais diversos
10 kg de peixes
7,4 kg de madeira bruta
5,8 kg de aves
1,7 kg de conchas
0,85 kg de couro
Riscos sanitários e ambientais
A entrada irregular de produtos de origem animal e vegetal sem controle sanitário representa um risco real. Animais silvestres, como os abutres, podem ser vetores de doenças como a influenza aviária, que já causou surtos em diversos países. Já carnes, peixes e vegetais não inspecionados podem carregar pragas, bactérias, vírus e agentes contaminantes, comprometendo a produção agrícola e a fauna nativa, além de provocar zoonoses — doenças transmitidas de animais para humanos.
Medidas tomadas
O passageiro não foi preso, mas recebeu uma multa de R$ 149,8 mil e será integrado ao Sistema Brasileiro de Informações Antecipadas de Passageiro (Sisbraip). O caso também foi encaminhado ao Ibama para avaliação ambiental e possíveis sanções penais ainda estão em análise.
Um padrão preocupante
Segundo o auditor fiscal Montemar Onishi, há um perfil recorrente de passageiros que transportam materiais para rituais religiosos. As malas costumam ser volumosas e são identificadas por raio-X ou cães farejadores antes de serem inspecionadas manualmente.
Esse episódio serve como alerta para a importância da fiscalização rigorosa nos aeroportos e da conscientização sobre os riscos que práticas culturais, quando não regulamentadas, podem representar à saúde coletiva e ao meio ambiente. O Brasil, com sua rica biodiversidade e forte setor agropecuário, não pode se dar ao luxo de negligenciar esses cuidados.
Canal Assesoria Monika Silva
Quer saber as principais novidades sobre cães, gatos, meio ambiente e tudo sobre animais? Siga o nosso canal no WhatsApp e receba tudo em primeira mão!
Quer saber as principais novidades sobre cães, gatos, meio ambiente e tudo sobre animais? Siga o nosso canal no WhatsApp e receba tudo em primeira mão!
Se essa informação foi útil para você deixe seu comentário, inscreva-se e compartilhe.
Comentários
Postar um comentário
Você leu um artigo escrito com grande dedicação. Gostou?
Comentario, críticas e sugestões, são bem-vindo.
Sua mensagem será respondida o mais rápido possível.
Obrigada pela visita, volte sempre. Inscreva-se e receba novidades.