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Ondas de calor ameaçam o planeta, diz ONU


Regiões inteiras do mundo podem se tornar inabitáveis nas próximas décadas devido às ondas de calor, cada vez mais frequentes e intensas, alertaram a ONU e a Federação Internacional da Cruz Vermelha (FICV), em relatório publicado nesta segunda-feira. O documento pede atenção ao fenômeno para que se evite um grande número de mortes.

Divulgado a menos de um mês da COP27, a cúpula da ONU sobre o clima que será realizada em novembro no Egito, o relatório enfatiza que, em razão da atual evolução do aquecimento do planeta, "as ondas de calor podem atingir e ultrapassar os limites fisiológicos e sociais" dos humanos nas próximas décadas, especialmente em regiões como o Sahel, entre o Saara e a savana, África, e o Sul e Sudeste da Ásia.

Todos os anos, milhares de pessoas morrem pelas ondas de calor, um fenômeno que se tornará cada vez mais mortal à medida que as mudanças climáticas se acentuam, informam Martin Griffiths, chefe do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), e Jagan Chapagain, secretário-geral da FICV.

De acordo com o documento, existe um limite no nível de exposição a condições de calor e umidade extremos que as pessoas conseguem suportar. Caso seja ultrapassado, as sociedades humanas não serão capazes de se adaptar. Essas condições provocarão "sofrimento em grande escala e perda de vidas humanas, movimentos populacionais e agravamento das desigualdades", alertaram as organizações.
final do século".

"Assassino silencioso"

Este ano, regiões e países inteiros do Norte da África, Austrália, Europa, Sul da Ásia, Oriente Médio, China e Oeste dos Estados Unidos viram os termômetros marcaram temperaturas recordes.

O relatório afirma que o calor extremo é um "assassino silencioso", cujos efeitos se amplificarão, criando imensos desafios para o desenvolvimento sustentável do planeta e novas necessidades humanitárias.

Entre todos os fenômenos climáticos que colocam em risco a sobrevivência humana nos territórios em que há estatísticas disponíveis, as ondas de calor são consideradas o perigo mais mortal, afirma o relatório.

— O sistema humanitário não tem os recursos para resolver sozinho uma crise de tamanha magnitude. Já carecemos de fundos e recursos para responder a algumas das piores crises humanitárias deste ano — destacou Griffiths durante a entrevista coletiva de apresentação do documento.

O cânceres até o final do século".

Animais de zoo da Califórnia se refrescam durante onda de calor no estado.


FOTOS: Calor e seca fazem incêndios florestais se espalharem na Europa





As organizações destacaram a necessidade de grandes investimentos, urgentes e sustentáveis a longo prazo, para mitigar o impacto das mudanças climáticas e contribuir para a adaptação das populações dos países mais vulneráveis. Ambas insistiram na importância de reconhecer os limites da adaptação humana ao calor extremo.

Segundo um estudo citado no relatório, o número de pessoas pobres vivendo em calor extremo nas áreas urbanas aumentará em 700% até 2050, especialmente na África Ocidental e no Sudeste Asiático.

Algumas medidas, como o aumento dos sistemas de ar-condicionado, além de caras, consomem muita energia e não são viáveis a longo prazo porque elas próprias contribuem para as mudanças climáticas.

Se as emissões de gases de efeito estufa não forem reduzidas "agressivamente", o planeta enfrentará "níveis de calor extremo inimagináveis hoje", enfatizaram as organizações.


Fonte: Globo

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