Manifesto Vegano: Por Uma Ética que Inclui Todas as Vidas
Não foi apenas um boi correndo pelas ruas.
Foi um corpo tentando sobreviver.
Foi o instinto gritando mais alto que o sistema.
Quando um animal foge a caminho do abate, ele expõe uma verdade que muitos preferem não enxergar: ninguém quer morrer. Nenhum ser senciente aceita a violência de forma passiva. O medo, a dor e o desejo de viver não são exclusivos da espécie humana.
O veganismo nasce dessa constatação simples e incontestável: explorar animais não é necessidade, é escolha.
Animais não são produtos
Chamam de “cadeia produtiva”, “mercadoria”, “abate humanizado”. Nós chamamos de exploração. A linguagem suaviza, mas não elimina a realidade: vidas são reduzidas a números, peso e lucro.
O boi que correu não era um acidente. Ele é a consequência direta de um sistema que transforma indivíduos em coisas e normaliza a violência desde que ela seja lucrativa e legalizada.
A violência invisível também é violência
A maioria dos animais nunca chegará às ruas. Eles morrem longe dos olhos, atrás de muros altos, em caminhões fechados, em galpões silenciosos. A sociedade aprende a não ver, a não perguntar, a não sentir.
O veganismo rompe com esse pacto de silêncio. Ele afirma que o sofrimento não deixa de existir porque foi escondido.
Não é radical escolher não ferir
Radical é ensinar que algumas vidas valem menos.
Radical é matar por hábito quando há alternativas.
Radical é chamar empatia de exagero.
Escolher o veganismo é escolher coerência ética. É alinhar valores com ações. É recusar participar de um sistema que causa dor evitável todos os dias.
Veganismo é responsabilidade
Responsabilidade com os animais.
Responsabilidade com o planeta.
Responsabilidade com as próximas gerações.
Cada escolha importa. Cada refeição é um posicionamento. Cada silêncio também.
Enquanto um corre, milhões caem
O boi que fugiu teve alguns minutos de liberdade. Milhões não terão. Mas sua corrida serviu como alerta: o problema não é o animal que foge, é o sistema que o persegue.
Este manifesto é um convite — e um compromisso.
Que possamos olhar, questionar e agir.
Que a compaixão deixe de ser exceção e se torne regra.
Veganismo não é sobre perfeição.
É sobre justiça.

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