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Autódromo de Deodoro: Rio desiste de construção na Floresta do Camboatá

 A prefeitura do Rio de Janeiro pediu, nesta segunda-feira (1º), o arquivamento do processo de licenciamento ambiental do projeto de construção do autódromo de Deodoro, na Zona Oeste da capital. O pedido estava em andamento no Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Com isso, o novo pedido será analisado pelo órgão, mas a tendência é de arquivamento, devido ao fato de o município ser o proponente do projeto. 

Secretário estadual de Meio Ambiente licenciado do cargo nesta segunda-feira para votar na eleição da Mesa Diretora da Alerj, que ocorre na sexta-feira (5), o deputado estadual Thiago Pampolha (PDT) entende que, pelo rito do processo, a tendência seja para aceitar o arquivamento.

“A prefeitura é a proponente do projeto. Então, acho difícil que não seja arquivado, já que esse pedido parte dela. Pode até ser que alguém assuma a proposição, mas o processo volta alguns pontos”, explica o secretário. 

No Twitter, o secretário municipal de Meio Ambiente, Eduardo Cavalieri, informou sobre a decisão tomada pelo município. “Dia importantíssimo na defesa dura do Meio Ambiente. Sob determinação do prefeito Eduardo Paes, enviei hoje ao Inea o pedido de arquivamento do processo de licença prévia desistindo oficialmente da construção do Autódromo Internacional do Rio, na Floresta do Camboatá, em Deodoro”, afirma. 

Pelo projeto que a prefeitura pede agora arquivamento, o autódromo funcionaria em um terreno doado pelo exército, em uma área de 160 hectares, mas que é parte da Floresta do Camboatá, uma área que abriga pelo menos 18 espécies ameaçadas de extinção, 14 de flora e quatro de fauna. 

A decisão não chegou a surpreender ativistas do meio ambiente que, nos últimos meses, lutaram contra o projeto. Durante a campanha eleitoral, o então candidato Eduardo Paes (DEM) já havia se manifestado contra a construção do autódromo na área. 

Por meses, a cidade alimentou a expectativa de voltar a receber o Grande Prêmio de Fórmula 1, porque o contrato da organizadora da principal categoria mundial do automobilismo com São Paulo, para sediar o evento, chegava ao fim. O acordo foi renovado por mais cinco anos, mas o consórcio responsável pelas obras, RioMotorPark, defendeu que isso não afetava o projeto carioca. 

O Rio de Janeiro sediou o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 dez vezes. A última delas, em 1989, vencida pelo britânico Nigel Mansel, da Ferrari, no antigo Autódromo Internacional de Jacarepaguá. O circuito deu lugar ao Parque Olímpico da Barra da Tijuca para os jogos Rio-2016. 

Na Alerj, um projeto do ex-ministro do Meio Ambiente Carlos Minc (PSB) pretende anexar a área ao Parque Estadual do Gericinó-Mendanha. O projeto chegou a entrar em pauta e a receber emendas, mas ainda não voltou ao plenário. 

Por meio de nota, o consórcio RioMotorPark afirmou que Cavaliere não tem "conhecimento algum sobre o processo da construção do novo autódromo, sobre a PMI e a PPP realizadas pela mesma prefeitura municipal a qual ele hoje representa e, principalmente, sobre os trâmites de transferência do terreno em questão" e que a medida "fortalece a insegurança jurídica que toma conta de quem quer investir no Rio de Janeiro".



Fonte:CNN

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