Após 8 meses, onça de patas queimadas em incêndios do Pantanal ressurge bem

 Joujou, a onça-pintada que ficou muito machucada com queimaduras nas patas após os incêndios que atingiram o Pantanal no ano passado, reapareceu para pesquisadores após oito meses de monitoramento.

Depois de ser tratado e reabilitado, o animal foi solto na Serra do Amolar (MS), em janeiro de 2021. De acordo com reportagem do UOL, o felino está recuperado e se adaptando novamente à vida no bioma.

Joujou é monitorado por pesquisadores diariamente através de sinais emitidos por GPS (Sistema de Posicionamento Global) e VHF (Frequência Muito Alta). “Foi incrível e bastante emocionante, porque no ano passado eu auxiliei nos grupos de resgate de fauna e acompanhei o processo das pessoas e veterinários que resgataram o Joujou”, disse a bióloga Nathalie Foerster, em entrevista à reportagem.

Os cuidadores da onça também fazem, toda semana, uma análise das informações do tamanho da área que ele atua, seus deslocamentos diários e o comportamento. Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que ele gosta de descansar na sombra das árvores às 10h e 14h

Quem vê a grande evolução não consegue imaginar a luta que Joujou enfrentou no ano passado. Ele foi vítima dos incêndios na Serra do Amolar, em Corumbá (MS), no Pantanal Sul.

Joujou e outro exemplar macho foram resgatados nas proximidades do Rio Paraguai, receberam os primeiros socorros e foram levados pela FAB (Força Aérea Brasileira) ao Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), em Campo Grande.

Infelizmente, outro macho que foi resgatado naquele dia não resistiu e morreu. Joujou ficou muito debilitado e com as patas queimadas.

Além disso, o animal inalou muita fumaça e precisou passar por procedimentos para se recuperar dos ferimentos. Por conta disso, era incerto se ele conseguiria voltar à natureza.

Fonte: Istoé