Após perder seu tutor, cachorro consola famílias em cemitério


Foto: Juan Thomes.
 
Morador do cemitério municipal da Roca, em Rio Negro, na Argentina, um cachorro passou a acompanhar o coveiro noturno Daniel Cisterna todos os dias há três anos, desde que seu dono foi enterrado naquele local. 

O cão, chamado Bobby, diariamente, se deita no monte de terra e observa em silêncio e serenidade a família em luto, transmitindo uma empatia que comove e chama a atenção.
 
Trabalhador há 16 anos do cemitério, Daniel menciona que o cachorro o acompanha no passeio diário que ele deve fazer pela propriedade. “Meu trabalho é enterrar, caminhar, passear pelo cemitério e Bobby me segue. Quando eu entro às 13h e ele ouve a motocicleta sempre vem me cumprimentar e quando eu saio ele me acompanha até a floricultura e dá meia-volta”, disse.
Fotos: Juan Thomes.

Durante os 45 minutos que leva para Daniel realizar o enterro, Bobby permanece deitado ao lado da família, imóvel, observando o ritual. “Parece que ele entende a dor dela”, disse Daniel. Todos ficam maravilhados ao ver o gesto do animal, acariciam e perguntam sobre ele. “Contamos a história dele”, disse o zelador municipal.

Desde que seu tutor faleceu, Bobby decidiu ficar no cemitério e morar lá. “Quando ele chegou, estava seguindo o carro funerário. Enterramos o mestre e ele ficou aqui conosco”, relembrou Daniel.

 “O cachorrinho ainda estava em cima do túmulo do dono, ele não queria ir. Eles o colocaram em um caminhão, mas ele saiu e voltou para o túmulo de seu mestre. Ele não quer ir, ele quer ficar com o dono”, relatou o coveiro quando a família do falecido foi buscar o cachorro.

Bobby também tem uma “madrinha”, chamada Adriana Carrasc, que deixa comida para ele toda semana e quando ele sente algum desconforto ela o leva imediatamente ao veterinário. Adriana é professora independente, protecionista, e junto com sua família, cuida de cães de rua, principalmente os que vivem no cemitério da Roca. 

“Nós os levamos para o elenco, os alimentamos, tudo o que podemos fazer, fazemos”, explicou. “Quando conhecemos Bobby, imediatamente fomos castrá-lo para que não acontecesse o mesmo que aconteceu com os outros que escaparam para lutar”, completou.

Fonte: Rio Negro

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